O Dia Internacional da Mulher é uma data comemorativa oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU), na década de 1970, para celebrar as conquistas femininas ao longo dos séculos. O registro histórico sobre a luta das mulheres por melhores condições de vida e trabalho teve início no final do século XIX, na Europa e nos Estados Unidos.
No Brasil, elas são 51,1% da população, segundo estimativas de 2021, e avançam cada dia mais nas diversas carreiras profissionais no país, e não é diferente na área da medicina. De acordo com a Demografia Médica no Brasil 2023, produzida em parceria entre a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), as mulheres passarão a ser maioria na profissão a partir de 2024.
Pioneira na Medicina do Trabalho
Na data de hoje, a ABMT homenageia Dra. Talitha do Carmo Tudor, pioneira da Medicina do Trabalho. Nascida no Rio de Janeiro, foi diplomada em medicina em 1937, na Universidade do Brasil, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Iniciou sua trajetória na especialidade ao cursar Medicina e Trabalho nas Indústrias de Guerra, em 1943, e Toxicologia e Higiene Industrial, em 1946.
Destacou-se em diversos cargos na sua trajetória profissional, como no setor de ‘Assistência ao Trabalho da Mulher’, na época em que atuou na Prefeitura do antigo Distrito Federal e no Ministério do Trabalho. Em 1944, ela assinou a Ata de fundação da ABMT. Ela dedicou-se à profissão até 1981, quando se aposentou.
Dra. Talitha recebeu inúmeras homenagens em reconhecimento à sua luta por melhores condições de trabalho e defesa dos direitos femininos. Também foi a única mulher até o final do século XX a receber o Diploma da Associação de Amigos de Bernardino Ramazzini, que reúne doze membros em todo o mundo.