Em nova edição da Roda de Conversa da ABMT, sobre Gestão de afastados e grupo de risco em tempos de pandemia, o presidente da Associação, Dr. Gualter Maia e o mestre em Ergonomia e gestor de Saúde Ocupacional, Dr. Paulo Zétola, conversaram sobre os principais aspectos do tema.

A fila de trabalhadores à espera de perícia médica foi o primeiro tratado, já que os médicos peritos não retornaram o atendimento presencial. Diante desse contexto, Dr. Paulo falou sobre a importância de buscar alternativas. Ele lembrou que os trabalhadores liberados, ainda que não tenha sido periciadas, podem procurar o INSS para retornar ao trabalho. Em relação aos médicos, ele destacou a importância do rigor na emissão dos documentos e flexibilidade na gestão do retorno ao trabalho, desde que respeitando a aptidão dos trabalhadores e tendo em vista as condições do local de trabalho. Nesse sentido, o especialista pontou que os profissionais que tinham um projeto de reabilitação de afastados podem realizar essa tarefa com mais facilidade.

Dr. Paulo também falou sobre a gestão de pessoas que atuam em teletrabalho, buscando se aproximar desses trabalhadores com ferramentas de comunicação, além de prover suporte para a realização das atividades fora das dependências da companhia e proteção à saúde desses indivíduos.

No trabalho presencial, ele destacou a importância destacou a definição de regras de higienização e uso das dependências da empresa, como vestiários e elevadores. Ele também abordou a gestão de absenteísmo, identificando os afastados com tomada de medidas assertivas para cada situação. Uma das ferramentas para esse aspecto é o índice de prevalência momentânea, que requer ajuda do RH para obter as informações.

Em relação aos trabalhadores de grupo de risco, Dr. Paulo ressaltou que é importante mapear as pessoas em questão e os níveis de gravidades distintos. Dessa forma, as medidas são tomadas de acordo com cada caso. Além das eventuais doenças, ele ressaltou que é preciso verificar os locais de trabalho de casa pessoa e as características dos ambientes da companhia que podem prejudicar a saúde dessas pessoas.

No caso de casos suspeitos, além do afastamento imediato por pelo menos dez dias, Dr. Paulo pontou que a complexidade do ambiente de trabalho se torna mais rígida, já que também é preciso afastar outras pessoas que tiveram contato com o doente e contornar as ausências. Ele lembrou que quem define as ausências é o empregador, a ser definido pelo departamento médico.

A Roda de Conversa da ABMT sobre Gestão de afastados e grupo de risco em tempos de pandemia está disponível no perfil da Associação no Instagram (@abmt_rio). Clique aqui ou confira a live na íntegra abaixo: