No dia 8 de março é comemorado o Dia Internacional da Mulher. A Associação Brasileira de Medicina do Trabalho (ABMT) aproveita a data para celebrar as muitas conquistas femininas ao longo dos últimos séculos e sensibilizar a sociedade sobre os graves problemas de gênero que persistem em todo o mundo.

Apesar dos avanços conquistados e dos compromissos assumidos para continuar progredindo, as perspectivas das mulheres no mundo do trabalho ainda estão longe de ser iguais às dos homens.

Para enaltecer essa luta, o nosso corpo diretor enviou mensagens aos associados para memorar o papel da mulher na sociedade:

Dra. Nadja de Sousa Ferreira – Diretoria Técnico-Científico

Dia Internacional da Mulher. Dia de reflexão sobre a vida humana.

A mulher com várias jornadas de trabalho encontra tempo para atender seus objetivos profissionais, cuidar de sua família e dos que a cercam.

Mulher é o exemplo prático do poder de fazer diversas tarefas ao mesmo tempo. Sempre guerreira, cada uma a sua maneira. Parabéns!

Dra. Elisabeth Mota Schiavo – Conselho Fiscal

O dia 8 de março foi oficializado pela ONU, apenas em 1975, como o Dia Internacional da Mulher. Não foi criado por influência de uma tragédia, mas sim por décadas de engajamento político das mulheres contra a desigualdade de gênero no âmbito profissional e em todos os seguimentos da vida civil, incluindo o direito ao voto. Esse dia é um convite à reflexão que se reporta ao convívio afetivo, familiar e social, e questões relacionadas ao mercado de trabalho.

Essa desigualdade, ainda latente, promove a necessidade de lutar pelos direitos femininos, que, em nenhuma hipótese significa lutar contra os direitos dos homens, entre outros erros. A questão é ter igualdade entre mulheres e homens na sociedade, pela liberdade individual.

Ainda existem muitos desafios a serem enfrentados para habitarmos uma sociedade mais justa e igualitária. A grande conquista da mulher atual é o poder de escolha. Parabéns a todas pelo nosso dia.

Dra. Távira Tavares Sucupira – Conselho Superior

Não basta falar que as mulheres são guerreiras e determinadas. Há uma coisa que a mulher é: resiliente.

Ela resolve qualquer problema, se adapta a qualquer situação.

Feliz Dia Internacional da Mulher para nós!

Mulheres na medicina

Os homens ainda são maioria na medicina, porém, a cada ano a diferença diminui e mais mulheres estão ingressando na profissão. O estudo Demografia Médica, coordenado pela Universidade de São Paulo (USP), com o apoio institucional do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), confirma: a participação da mulher dentro do contingente de profissionais médicos brasileiros é cada vez mais significativa.

As estatísticas indicam que o crescimento da população médica vem sendo acompanhado de uma mudança no perfil de idade e de gênero desse grupo, acentuando-se processos de feminização e de juvenização da categoria no Brasil.

Atualmente, os homens ainda são maioria entre os médicos, com 54,4% do total profissionais, ficando as mulheres com uma representação de 45,6%. Porém, essa distância vem caindo a cada ano, sendo que o sexo feminino já predomina entre os médicos mais jovens, sendo 57,4%, no grupo até 29 anos, e 53,7%, na faixa entre 30 e 34 anos.

Dentre os estados, a ultrapassagem das mulheres médicas sobre os homens é liderada no Rio de Janeiro, onde somam 50,8% dos profissionais.

Primeira médica brasileira

No Brasil, o envolvimento da mulher com a medicina começou em 1875, quando Maria Augusta Generoso Estrela iniciou a busca do título de primeira médica do país.

Nascida em abril de 1860, no Rio de Janeiro, Maria Augusta recebeu seu diploma de médica em 1881, no New York Medical College and Hospital for Women, numa época onde as duas únicas faculdades de medicina existentes no Brasil, a de Salvador e a do Rio de Janeiro somente admitiam homens como alunos.

Formada e de volta ao país, Maria Augusta dedicava-se às mulheres e às crianças e atendia gratuitamente aos que não tinham possibilidade de remunerá-la.