A Revista Brasileira de Saúde Ocupacional (RBSO) publica artigo de pesquisa que traz o tema “Dor nas extremidades inferiores, demandas físicas e psicológicas em trabalhadores da limpeza urbana: estudo transversal”.
As autoras descreveram as características do trabalho dos trabalhadores da limpeza urbana, tendo como foco a investigação da prevalência dos fatores associados à dor em membros inferiores desses profissionais.
Para este estudo, foi realizado um corte transversal com 624 trabalhadores de limpeza urbana de Salvador, Bahia. A coleta de dados ocorreu entre dezembro de 2009 e abril de 2010, com coletores, motoristas, agentes especiais e trabalhadores da manutenção.
Segundo as pesquisadoras, os trabalhadores que manipulam lixo estão expostos a diversos riscos ocupacionais, tanto por contato direto com microrganismo quanto pelas condições físicas e psíquicas impostas durante a jornada laboral.
“O manuseio do lixo pode gerar desgaste e desconforto em algumas regiões do corpo, decorrentes das altas demandas físicas dessa atividade. Na Bahia, o mecanismo de coleta de lixo é preponderantemente manual, exigindo força e dinamismo, pois requer que o trabalhador salte de diferentes níveis, corra e arremesse cargas, realizando movimentos repetitivos durante as horas trabalhadas”, salientaram as autoras.
Relataram, ainda, que os trabalhadores de limpeza urbana estão inseridos em atividades de operação e manutenção com altas exigências físicas e psicossociais. Além disso, o grupo com maior percentual é composto por jovens, com baixa escolaridade, raça negra, juntamente com os motoristas, extrapolam a jornada semanal de 44 horas de trabalho.
“Este tipo de trabalho pode ocasionar sobrecargas estruturais no corpo humano, desencadeando sintomas de dor que podem comprometer os membros inferiores (tornozelo/pé, perna e coxa/joelho), principalmente no sistema musculoesquelético e/ou sistema venoso”, frisaram.
Leia o artigo de pesquisa “Dor nas extremidades inferiores, demandas físicas e psicológicas em trabalhadores da limpeza urbana: estudo transversal”, na Revista Brasileira de Saúde Ocupacional (RBSO).
Fonte: Fundacentro