A Inteligência Artificial em Saúde Ocupacional foi o tema apresentado pelo especialista Carlos Henrique Fernandes, na Roda de Conversa da ABMT, no dia 24 de junho, transmitida ao vivo pelo Instagram. O conselheiro técnico-científico da Associação, Dr. Paulo Rebelo, mediou a apresentação.
Em uma hora de exposição sobre o tema, Carlos Henrique, que tem formação em Matemática, Literatura, Pedagogia e pós-graduação em Inteligência Artificial (IA) pela Universidade do Texas, em Austin (EUA), desmistificou a complexidade da tecnologia. “A Inteligência Artificial já está no nosso dia a dia. É só reparar quando se faz uma pesquisa para a compra de um liquidificador na internet. Serão oferecidos diversos modelos e outros aparelhos semelhantes selecionados pela IA”, exemplificou o matemático ao destacar que os algoritmos vieram para facilitar a vida de todos e “estarão cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas”.
Ao falar sobre o potencial da Inteligência Artificial (IA) na área da Saúde Ocupacional, Carlos Henrique apresentou como exemplo a importância das informações que os pacientes passam para os médicos durante a consulta, como peso, alimentação, batimentos cardíacos, histórico familiar, entre outras.
“Essas informações são tratadas no primeiro momento pelo que chamamos de Sistemas Especialistas. Pegamos esses questionamentos feitos pelo médico ao paciente e as respostas obtidas e jogamos isso imediatamente no Sistema, que já vai me dar um perfil. Alguns Sistemas já dão até o risco de enfarte desse paciente”, exemplificou ao explicar a importância do Dataset (conjunto de dados que forma a base para análise de alto nível) no diagnóstico precoce.
Além de abordar a necessidade de trabalhar com um time multidisciplinar para a montagem de soluções e respectivos suportes na área de IA voltado para a Medicina, o especialista destacou também as plataformas desenvolvidas pela Microsoft e pela IBM como exemplo do quanto o assunto vem ganhando espaço.
Para o mediador, Dr. Paulo Rebelo, a Inteligência Artificial pode ser um grande auxílio para os médicos na área de Saúde Ocupacional. “Além da manipulação de dados para selecionar grupos de risco, o sistema também oferece uma ferramenta preditiva, que antecipa as consequências mais graves de um adoecimento ou de um fator de risco”, resumiu o conselheiro.
Carlos Henrique incentiva que os profissionais de saúde tenham interesse sobre a Inteligência Artificial e aprofundem ao máximo o conhecimento na área, fazendo cursos e estudando a tecnologia sem receio.
A live sobre Inteligência Artificial em Saúde Ocupacional pode ser acessada no perfil da ABMT no Instagram (@abmt_rio). Confira na íntegra aqui.