A campanha Novembro Azul teve origem em 2003, na Austrália, com o objetivo de alertar a população masculina para prevenção e diagnóstico precoce do câncer de próstata, o que aumenta as chances de cura da doença. A data também é ocasião para abordar outras doenças e tumores que atingem esse grupo. A escolha do mês relaciona-se ao dia 17 de novembro, quando comemora-se o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata.
Os médicos do trabalho têm importância fundamental no desenvolvimento de campanhas nas empresas e instituições em que atuam, não só no período do ‘Novembro Azul’, mas ao longo do ano, acompanhando, orientando e incentivando os homens a procurarem os médicos especialistas para a realização de exames preventivos de rotina e quando surgir uma suspeita da doença. Boa parte dos casos de câncer de próstata tem evolução lenta, mas, mesmo os mais agressivos, têm chances de cura quanto mais cedo o diagnóstico for feito.
No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens e é causa de morte de 28,6% da população masculina que desenvolve neoplasias malignas. Um homem morre a cada 38 minutos devido à doença no país, segundo os dados do INCA.
Segundo estimativas do Instituto, o país deve registrar 65.840 novos casos a cada ano entre 2020 e 2022, o que representa 29,2% das neoplasias a serem registradas no público masculino no período. A idade é um fator de risco importante, uma vez que tanto a incidência quanto a mortalidade aumentam significativamente após os 50 anos.
Os indicadores de mortalidade apontam para uma expectativa de 15.841 vítimas de câncer de próstata no período, conforme estatísticas do INCA. O número representa 13,5% do total de mortes por câncer em homens, atrás dos casos de câncer de traqueia, brônquios e pulmões, que devem alcançar 16.009 homens, 13,6% do total de mortes por outros tipos de câncer nesse grupo.