Artigo de pesquisa analisa as condições de trabalho e seus reflexos na saúde de profissionais de enfermagem durante a pandemia de Covid-19. Material está disponível na Revista Brasileira de Saúde Ocupacional (RBSO).

Entre os meses de junho e setembro de 2020, as autoras do artigo conversaram com quatro enfermeiras e 11 técnicos de enfermagem e identificaram o aumento da precarização do trabalho desses profissionais, no cenário pandêmico.

A desumanização do trabalho, a sobrecarga laboral, a baixa remuneração, a falta de equipamentos de proteção individual e a redução dos horários destinados à alimentação estão entre as queixas levantadas no estudo.

Em paralelo, o aumento da pressão por produtividade e a falta de conscientização da população às medidas preventivas ampliaram a sobrecarga física e emocional desses trabalhadores.

Trabalhar durante a pandemia também intensificou o sofrimento mental dos profissionais de enfermagem. Entre as doenças apontados pelo estudo, constam a ansiedade, o estresse e a depressão, principalmente entre aqueles que já enfrentavam algum adoecimento emocional antes do enfrentamento da Covid-19.

“As medidas efetivas para a promoção da saúde e segurança dos profissionais de enfermagem são urgentes, incluindo a garantia de recursos adequados para proteção e assistência, salários dignos, aumento da contratação de profissionais, redução da jornada laboral, maiores investimentos no setor da Saúde e valorização do trabalho pelo Estado e pela sociedade”, apontam as autoras.

Para ler o artigo de pesquisa, acesse o link: Percepções de profissionais de enfermagem sobre suas condições de trabalho e saúde no contexto da pandemia de COVID-19.

A RBSO possui um dossiê temático sobre a Pandemia de COVID-19 e a Saúde do Trabalhador, confira os materiais acessando o link.

Fonte: Fundacentro