Um vídeo pode ser um instrumento educativo adequado para difundir informações sobre a gestão da idade do trabalhador? Artigo publicado pela Revista Brasileira de Saúde Ocupacional (RBSO) mostra que sim. Para se chegar a essa conclusão, realizou-se um estudo metodológico, dividido em duas etapas. A primeira consistiu na elaboração e validação do conteúdo do vídeo, e a segunda, na produção do vídeo e sua validação por especialistas.
“Vídeos educativos destacam-se como estratégias atrativas, pois são capazes de atrelar áudio e imagem para manter a atenção do espectador”, afirmam as autoras.
O vídeo produzido buscou apresentar definição, benefícios e estratégias para a implantação da gestão da idade do trabalhador pelas instituições e o papel do gestor nesse contexto. Especialistas avaliaram se o material contempla dimensões como a coerência das informações utilizadas, se instiga mudanças de comportamentos e se facilita a retenção de conteúdo pelo espectador.
Os oito componentes de gestão da idade sugeridos pela EU-OSHA são abordados pelo vídeo. São questões como a contratação de trabalhadores com mais de 45 anos, aprendizagem e desenvolvimento da carreira e práticas de trabalho com horários flexíveis. A promoção da saúde no local de trabalho e a segurança no trabalho e a gestão da saúde também estão em pauta. Também se abordam rotatividade e preparação para a aposentadoria.
“Para que a gestão da idade seja bem-sucedida e, de fato, atenda ao que se propõe, os gestores devem criar uma cultura organizacional de valorização do trabalhador de mais idade, promover a integração intergeracional e disseminar na instituição o que é, para que serve e quais os benefícios da retenção desses trabalhadores”, avaliam as pesquisadoras.
Para elas, “o vídeo trata de um tema atual e pertinente para a Saúde do Trabalhador, podendo ser veículo de comunicação entre gestor e trabalhador na busca por melhores condições de trabalho”.
Leia o artigo Construção e validação de vídeo educativo sobre gestão da idade do trabalhador.