Dr. Paulo Rebelo, Diretor de Relações Externas da Associação Brasileira de Medicina do Trabalho, é o novo Acadêmico Titular da Cadeira nº 6 da Academia de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Acamerj). A solenidade de posse foi na sede da Academia, localizada na Associação Médica Fluminense (AME), em Niterói, no dia 9 de dezembro.
A sessão solene foi conduzida pelo presidente da Acamerj, Dr. Antônio Luiz de Araújo. A cerimônia, dedicada também à comemoração dos 48 anos de fundação da Acamerj, contemplou a posse de Membros Titulares e Eméritos, Outorga de Título de Acadêmico do Ano e Medalhas de Mérito Médico.

Representando a ABMT, compareceram à solenidade Dra. Nadja Ferreira, diretora técnica-científica e Dra. Georgia Saldanha de Souza, diretora administrativa.

Momento especial

Para Dr. Paulo Rebelo, a titulação representa o reconhecimento do trabalho realizado. “A entrada em uma Academia, quando uma pessoa tem uma carreira consolidada, é o coroamento dessa carreira, o reconhecimento pelos pares. Além disso, abre a perspectiva de fazer uma atividade científica ao longo do tempo, porque é vitalício. Vou estar sempre em um meio que é voltado à discussão científica, à qualificação profissional, além do relacionamento com pessoas com formação bastante consolidada e diversificada” ressaltou o diretor da ABMT, que também é titular da Cadeira nº 76, da Seção de Especialidades, da Academia Brasileira de Medicina Militar (ABMM).

Cadeira nº 6: diferencial

De acordo com Dr. Paulo Rebelo, ser titulado para a Cadeira nº 6, que tem como patrono o Dr. Miguel Couto, tem um significado muito especial. “Ele tem destaque não só na vida médica, mas também na vida política. Ele foi da Academia Nacional, da Academia Brasileira de Letras, foi deputado, constituinte. Um dos principais hospitais do Rio de Janeiro leva o nome dele, assim como praças em várias cidades, escolas. “Ser Miguel Couto o patrono já é um diferencial,” sublinhou.

Segundo ele, o primeiro ocupante da cadeira foi o Dr. Omar da Rosa Santos, professor titular da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). “Tem um significado muito especial. Ele foi meu mentor”, completou Dr. Paulo, ao explicar o processo de passagem da titularidade. “Quando o Omar passou a Emérito, quem assumiu como titular foi o Monsenhor Aníbal Gil Lopes, que é padre, médico e professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Quando ele passou a Emérito fui convidado pelo Omar e pelo Aníbal, o que é um diferencial muito grande para mim”, destacou.

Monografia: resgate histórico

O tema da monografia apresentada pelo Dr. Paulo Rabelo, para fazer jus à titulação, foi um resgate histórico da Medicina do Trabalho, sob o título ‘A transição da Medicina do Trabalho Brasileira do Modelo Francês para o modelo norte-americano’.

“Foi um processo que aconteceu aqui no Rio de Janeiro na década de 1940, responsável pela estruturação da Medicina do Trabalho como uma especialização médica. Grande parte desse processo aconteceu em Niterói, no governo de Amaral Peixoto. Havia um registro parcial desse processo. Agora, temos um texto onde isso está documentado”, completou.