Celebrado no dia 4 de outubro, o Dia do Médico do Trabalho marca o nascimento do médico italiano Bernardino Ramazzini (1633-1714), autor do livro ‘As Doenças dos Trabalhadores’, publicado em 1700, uma das mais antigas obras sobre o tema. Graças às observações e pesquisas de Ramazzini, foi possível relacionar as doenças provocadas por determinadas atividades laborais. A partir desses diagnósticos foi possível traçar ações de prevenção não só das doenças, como também dos acidentes do trabalho, em uma época que atenção e cuidados com a saúde do trabalhador eram bastante precários.

É importante ressaltar a importância do médico do trabalho na Atenção Primária à Saúde (APS). A especialidade é responsável, na maioria das vezes, por propiciar ao trabalhador o seu primeiro acesso ao sistema de saúde no país, cumprindo uma função social essencial aos direitos humanos. Vale destacar que a preocupação com a segurança no trabalho surgiu, no Brasil, no governo Getúlio Vargas, na década de 1930.

Muito além das avaliações médicas, campanhas para a promoção da saúde e prevenção de doenças, o médico do trabalho tem cada vez mais presença ativa na assessoria técnica para adequar espaços que proporcionem qualidade de vida ao trabalhador, e para definir equipamentos de qualidade que possam prevenir doenças e acidentes.

Também é de grande importância a atuação do médico do trabalho na orientação necessária à condição dos trabalhadores com deficiência, idosos ou com doenças crônico-degenerativas e gestantes. Essas e outras atribuições foram revalidadas na Resolução nº 2.297/2021, do Conselho Federal de Medicina. A nova norma rege a atividade profissional dos médicos do trabalho e substituiu a resolução anterior, de nº 2.183/18.